domingo, 28 de novembro de 2010

Lição sobre a água

Na actividade "Era uma Vez na Física" a professora Joana proporcionou mais uma aula de articulação com a biblioteca escola, homenageando e divulgando a obra de António Gedeão.

Lição sobre a água


Este líquido é água.

Quando pura

é inodora, insípida e incolor.

Reduzida a vapor,

sob tensão e a alta temperatura,

move os êmbolos das máquinas que, por isso,

se denominam máquinas de vapor.


É um bom dissolvente.

Embora com excepções mas de um modo geral,

dissolve tudo bem, bases e sais.

Congela a zero graus centesimais

e ferve a 100, quando à pressão normal.

 

Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,

sob um luar gomoso e branco de camélia,

apareceu a boiar o cadáver de Ofélia

com um nenúfar na mão.

(António Gedeão)



2 comentários:

  1. Estimada e Preciosa Amiga Joana:
    Uma lição magistral e convicente de mestria do seu admirável conhecimento. Feita a pensar nos mais pequenos.
    "...Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
    sob um luar gomoso e branco de camélia,
    apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
    com um nenúfar na mão..."
    (António Gedeão)

    Adorei o Post e esta conclusão considero-a uma autêntica "explosão" de maravilhar e deslumbrar pelo conteúdo que ela encerra.
    Parabéns, fabulosa, Senhora Professora.
    É brilhante e extraordinária.
    Abraço de respeito imenso.
    Sempre a admirá-la e ao que "confecciona" com talento e magia do seu ser sublime.

    pena

    Bem-Haja pela ternura com que sempre tratou e dedicou ao saber dos seus alunos.
    Vejo em si algo de fabuloso. SEMPRE!
    É perfeita.

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  2. Pena,

    até me fazes (vê lá tu o quão difícil isso é, para mim) ficar sem palavras... mas, de facto, o Gedeão é fabuloso, não é? Conseguiu sistematizar tudo o que eu pretendia relembrar aos jovens sobre a água, está lá tudo!, e de um modo tão simples e tão fantástico, que eu não posso mesmo deixar de familiarizar os miúdos com a sua poesia / prosa / sabedoria, não posso!!! Seria privá-los, conscientemente, de algo que os enriquece, e isso, caro amigo, seria um crime. Um crime.

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