terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Alunos dos 5º H e G lêem Contos de António Torrado e desenham para interpretar




Alunos dos 5º H e G lêem Contos de António Torrado e desenham para interpretar
António Torrado é um escritor português contemporâneo, de origem beirã, que nasceu 1939 e começou a publicar contos aos 18 anos. Estudou Filosofia, em Coimbra e vive em Lisboa, tendo tido contudo diversas profissões intelectuais e artísticas, de onde se destacam a de Professor, jornalista, editor, produtor de programas televisivos e diretor de programas culturais da RTP, pedagogo, aspeto que desenvolve igualmente através das histórias que cria, que promovem valores como a liberdade de expressão, e a reflexão sobre o quotidiano.
Coordena também o Curso Anual de Expressão Poética e narrrativa, no Centro de Arte Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian.
É Professor de Escrita Dramatúrgica na Escola Superior de Teatro e Cinema e dramaturgo residente na Companhia de Teatro A Comuna, em Lisboa.
E perguntamo-nos como pode um escritor, que publicou 120 títulos e que ainda está no seu melhor fazer tantas coisas, coordenar tantos projetos e contaminar de escrita criativa e espetáculo tanta gente, se ainda por cima não é velho? De onde vem a energia dos artistas?
«A cerejeira da lua» é o título do conto que vos recomendamos por ser muito imprevisto e estranho, uma vez que se passa no Oriente. As suas histórias são misteriosas, difíceis e simbólicas e a última foi lida aos alunos do 5º G, que interpretaram por desenho, e deixamos aqui alguns exemplos, e criaram poemas para aumentar a história, deste misterioso poeta pintor. Poderão ler este livro na Biblioteca, Tem uma capa vermelha e desenhos japoneses.

O Conto
Relacionado com Macau e publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian este livro é um complicado conjunto de contos orientais e o último chama-se «O Poeta Pintor»; está escrito em publicação num livro único, em Macau, uma vez que resulta da adaptação de um conto oriental.
 É a história de um artista polivalente, que tanto se exprime pintando, como escrevendo poesia. Kium Tseu gostava de admirar a paisagem de um lago sobre o qual escreve e pinta. Humilde e discreto dirige-se um dia à choupana do velho sábio Ho-Pei, que cata os cereais e o aconselha a procurar um pasteleiro na cidade onde o pintor vai comprar produtos para fabricar tintas. Um bolo em forma de lua cheia que o pintor não deverá abrir antes da meia-noite e que tem lá dentro uma revelação é um conselho deste velho sábio para o pintor e o conselho parece resultar de uma adivinhação. Contudo o Poeta não espera pela meia-noite; e, do interior do bolo, surge uma senha que lhe traz uma visão de uma revolta do seu país contra o domínio estrangeiro. E vê desfilar à sua frente essa guerra da qual o povo sai vencedor.
Este texto resulta da pesquisa do aluno Miguel Peixoto do 5º H e vamos finalizar com o poema criado por outro aluno, Diogo Carvalho, do 5º G,


Sobre o conto que acabámos de resumir.
Digam lá que esta Escola não tem poetas?
E pintores? Será que também temos? Vejam o que segue, pois foi fruto da criação livre de alunos do 5º G, durante uma aula de Língua Portuguesa.

Quadras ao poeta pintor

 Aquela paisagem
 É uma beleza
Se fosse minha
Era uma riqueza.

Passa um rio
E uma cascata
E um lago
No meio da mata.

Eu estava lá
E pintei um quadro
E agora estou cá
Para fazer poesia.

Encontrei um mercador
E comprei-lhe um bolo
De uma cor amarela
De uma cor aluada.

Dentro desse bolo
Havia uma mensagem
Contava a história D
Daquela paisagem.

É assim um conto
Onde sou personagem
Acreditem muito
Porque não é uma miragem.

Diogo Carvalho. 5º G

1 comentário:

  1. Parabéns aos meninos do 5G e 5H, pelas leituras e belas produções escritas e em imagens ! A poesia aqui publicada está muito gira...Continuem, bom trabalho !

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