LÍDIA JORGE, ESCRITORA de Contos,
romances, peças de teatro; «O voo do pardal», na Biblioteca escolar e os alunos
dos 5ºG e 5ºH
O problema da Literatura
Portuguesa é que está cheia de mulheres bonitas e talentosas como esta, Lídia
Jorge, natural de Boliqueime, terra de Aníbal Cavaco Silva; será que se
conhecem?
Lídia nasceu em
Boliqueime em 18 de Junho de 1946. Como consegue ela ser tão bonita ainda, não
entendemos. Frequentará a Corporacion Dermoestética, a Persona, ou aqueles ares
vir-lhe-ão antes do talento e da Literatura?
Onde foi ela arranjar
aquelas luvas de renda, sem dedos, que parecem saídas de um filme a preto e
branco, americano, daqueles que não conseguimos deixar de ver, sonhando
transformar-nos na atriz que domina a história?
E o penteado original
que nunca vimos em nenhum cabeleireiro?
Não sabemos…E de onde
lhe vem o ar tão calmo?
Então vejam em história
resumidíssima a sua vida de escritora, premiada e viajada, que também não
esqueceu os mais pequenos no Conto proposto pelo Plano Nacional de Leitura e
que poderás encontrar na Biblioteca da Escola, O Voo do Pardal - Se gostas de cores, damos-te uma ajuda,
a capa é amarelada; e um jardim verde que parece atrair o dono de uma casa
elegante, que se encontra no amor e na amizade com um pardal deficiente, de uma
pata, vai ensinar-lhe a liberdade, como senha para a plenitude do encontro e do
sentimento mútuo.
Mas resultarão estas
relações? Lídia estudou Filologia Românica em Lisboa, na Faculdade de Letras,
que mais tarde a convidou para Professora.
Viveu em Lisboa, foi
professora do Ensino Secundário, foi viver para África com o marido e as filhas;
o ambiente africano e a guerra colonial passam a ser cenário de alguns dos seus
livros, como A Costa dos Murmúrios,
que foi posto em cinema; a cidade de Lisboa é igualmente cenário de algumas
histórias, nomeadamente, Noticias da
Cidade Silvestre, que nos fala dos ambientes superficiais de Lisboa, no
período pós 25 de Abril, na amizade e nos poucos amigos que nos ficam, por
vezes e só nas pessoas despretensiosas e insignificantes, que se revelam
humanas.
O Jardim sem limites e O dia dos Prodígios de novo nos falam de Lisboa, nos anos 80 e nos
homens\estátua, nos artistas sem rumo, nem caráter, nas mulheres pobres
lisboetas, muito bem arranjadas, experimentando eternas toillettes que não
chegam a comprar; na literatura que nos faz pensar na vida à nossa volta.
Lídia acredita, como
Sophia de Mello Breyner Andresen que a Literatura tem por função questionar as
pessoas e propor-lhes um mundo construído com mais valores.
E assim o seu último
livro que me encontro a ler, A Noite das
Mulheres Cantoras foi já premiado; e fala do difícil mundo dos artistas e
do espetáculo. De novo se coloca a questão dos valores entre os artistas nas
relações humanas, onde cada vez mais tudo parece um difícil jogo de interesses.
Deixamos-te assim com
os trabalhos de reconto dos alunos dos 5ºG e H para este conto, que parece
simples, mas fala do mais difícil entre os homens: o amor.
Sobre os Prémios
atribuídos a Lídia Jorge deixamos-te uma síntese para fazeres uma ideia sobre o
Mundo das Sociedades Literárias e o valor da escritora: Casa de Mateus-Vila Real D. Dinis; Bordalo da Literatura; Casa da
Imprensa; Máxima; Ficção do P.E.N. Clube; Jean Monet; Literatura Europeia;
Escritor Europeu; Grande Prémio da Associação Portuguese de Escritores;
Correntes de Escrita; Internacional da Literatura da Fundação Gunter Grass;
Ricardo Malheiro, entre outros prémios.
A Câmara Municipal da
Albufeira deu o seu nome à Biblioteca Municipal. O livro O cais das merendas
é uma sátira à sociedade Turística do Algarve, nos anos 80.
O Voo do Pardal-reconto
1 - Henrique Gaspar era uma pessoa que gostava de
viver só, de todos os pássaros, salvo de pardais; tinha uma casa, admirada na
aldeia pelo traçado arquitetónico, modernista; e, sobretudo, pelo jardim verde
e diferente, do qual cuidava permanentemente.
2 - Certo dia, encontrou um pardal, que só
tinha uma pata e tinha dificuldades em voar. E por isso passou a ser o motivo
de atenção do dono da casa.
3 – Henrique ficou com
pena do pardalito e levou-o para a sua casa. Curou-o com sulfamidas, Betadine e
algodão.
4 – O pardal, depois de
curado, só andava num lugar da casa. Também se habituou a estar ao ombro do
novo dono.
5 – Um amigo de
Henrique adorava tirar fotos ao pardal; e este torna-se o centro da atenção da
casa, que passa a ter visitas de amigos de Henrique Gaspar.
6 – O dono passa a
chamar-lhe o Perna Só e ensina-o a voar. Também não lhe leva a mal quando este
faz as necessidades nos novos sofás brancos da grande sala.
7 – Então ambos
compreenderam que o pardal tinha que aprender a voar, em grupo e sair de casa.
E assim foi… Henrique conseguiu pôr o pardal a voar…
8 – O pardal, porém, tinha-se
habituado à vida com este amigo; e sempre regressou a casa, a partir de então…
9 – Sentiu que o dono
iria sofrer com a sua ausência.
10 - E a partir dali, já
nenhum se sentiu só, passando o pardal a visitar Henrique, em liberdade.
Será que estas relações
resultam também em seres humanos? Deixamos-te a pensar … e dir-nos-ás alguma
coisa ….
Participaram neste
trabalho os alunos do 5º G, em leitura, interpretação, reconto e
ilustração os alunos Ana Bárbara, Carlos, Daniel, Diogo Carvalho, Diogo
Lourenço, Diogo Fraga, Duarte, Emanuel, Flávio, Gonçalo, Graça, Hilário, Joana
Pereira, João Carlos, Maria de Fátima, Marisa, Pedro, Rita, Ruben; e também os
alunos do 5º H, Adelina Isabel, Adriano, Beatriz, Daniel Gomes dos Santos,
Daniel Filipe Gomes, Daniela, Joel, Maria João, Mariana, Miguel Peixoto, Pedro
Miguel, Rafael, Sara, Vanessa e Neuza.
Trabalho de grupo para
Língua Portuguesa.
A Professora:
Isabel Lacerda Cabral
Parabens !
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