Agustina Bessa Luís, Contos
Amarantinos, os 5ºG e H e As Duas irmãs Fabianas:
Agustina Bessa Luís é o pseudónimo de
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa, Mulher e Escritora Amarantina, nascida
em Vila Meã, em 15 de Outubro de 1922.
Escritora famosa e
premiada com inúmeros Prémios e doutoramentos Honoris-causa, amiga de infância
do realizador Manoel de Oliveira, que tem uma quinta de família no Douro, na
região da Rede, contígua à da família da escritora, Agustina estudou no Porto e
em Coimbra e é filha de proprietários rurais abastados, como podemos entender
pelos seus romances, passados em ambientes rurais requintados, ou apenas
rurais, nos quais mulheres fortes e emancipadas são figuras centrais e parecem
resistir à adversidade e afirmar-se ora como feiticeiras, ora como donas do seu
próprio destino.
A esta escritora se atribui igualmente um lado
neo-romântico, pois é assumidamente uma discípula da escrita literária de
Camilo Castelo Branco, em histórias desenroladas entre Douro e Minho.
São dela os romances
que recomendamos aos mais velhos Sibila, O Vale Abrão, postos em cinema por
Manoel de Oliveira, Eugénia e Silvina, ou para os mais novos os contos Dentes
de Rato e Vento, Areia e Amoras Bravas se frequentas o 2º ou o 3º ciclos, livros
que encontrarás na Biblioteca da tua Escola.
Mas se queres ter uma
ideia sobre os Prémios atribuídos por Associações Literárias Portuguesas ou
estrangeiras, aos cerca de 50 livros publicados, então imagina o que poderá
ser, pois recebeu-os desde os anos 50 até 2005 e foram os seguintes:
Delfim Editores; Cidade
do Porto; Seiva da Literatura; Bordalo Pinheiro; Camões; Virgílio Ferreira;
Festival Grinzane; Eça de queirós; Ricardo Malheiro; Nacional da Novelística;
Associação Portuguesa de escritores; P,E.N.; D. Dinis(Casa de Mateus-Vila
Real); Antena 1; Crítica; Municipal Eça de Queirós da cidade de Lisboa; Máxima
da Literatura; União Latina; Romance e Novela\Associação Portuguesa de Escritores;
RDP\Antena 1…
Agustina é mãe da
escritora Mónica Baldaque e como poderás imaginar está agora muito velhinha,
mas ainda vive, no Porto, com o marido, advogado, que há muito abandonou a
carreira para datilografar os seus contos e romances, na altura em que os
computadores não tinham ainda sido inventados e se chamavam máquinas de
escrever. O marido ajudou-a na sua produção literária e publicações.
Salientamos ainda que a Faculdade de Letras do Porto em 2005 a nomeou para um
Doutoramento Honoris Causa e o Ministério da Cultura Italiano igualmente, tal
como aconteceu com Sophia de Mello Breyner …
Repara agora no conto
As duas irmãs Fabianas, de Contos Amarantinos Livro de Capa cor-de-rosa que
poderás encontrar na Biblioteca de Escola e que conta mais uma vez a história
de uma mãe de duas filhas de idades próximas; mas uma era a querida da mãe e
outra não…
Não sei se já
conheceste alguma mãe assim. Mas se não, estás cheio de sorte.
Não deixes de ler; o
livro tem capa cor-de-rosa, é quadrado, e está cheio de histórias contadas na
infância a Agustina, pelas tias.
Em Dentes de Rato
poderás conhecer a infância da escritora em ambientes requintados e famílias
abastados e cheias de gente original, nas férias passadas na Póvoa do Varzim ou
na região do Alto Douro e Amarante.
Reconto de As Duas
Irmãs Fabianas, por alunos dos 5ºG e 5º H:
1 – ERA UMA VEZ
UMA MÃE QUE TINHA DUAS FILHAS. Mas ela gostava mais da filha mais nova. Fabiana
era a mais velha e a irmã chamava-se Menina.
2 – Fabiana, a mais velha, passava o dia a trabalhar e a mãe educou-a a
fazer sozinha todas as tarefas domésticas.
Tratava dos animais, preparava
as refeições, servia à mesa à francesa, fazia as camas à inglesa, aprendeu a
fazer bacalhau de 46 maneiras, Mungia as vacas, dava de comer aos porcos logo
às seis da manhã e deitava-lhes uma mão de sal, para as fêveras ficarem mais
tenras, dava de comer aos periquitos, mungia as vacas e era a criada da casa. A
mãe tinha mais que fazer, entretendo-se a dar ordens às criadas e nem tinha
tempo para falar com ela…
Mas Menina, pelo contrário ondulava o cabelo, acordava tarde, pintava
as unhas, vestia-se de rendas, enchia-se de ouros e ia pendurar-se no
caramanchão, olhando a rua…A mãe não sabia que mais laços lhe pôr.
3 – Cresceram e fizeram-se mulherzinhas e casaram. Mas uma foi de
branco com dote, véu e grinalda e arranjou um marido rico e Fabiana vestiu-se
de preto e foi viver para longe.
4 – Fabiana chorou ao deixar a mãe e a cama de solteira e ambas
partiram. E a mãe ficou sozinha com as criadas até que se lembrou de as ir
visitar.
5- Fabiana escreveu cartas que a mãe não chegou a ler, sempre ocupada
com as criadas e Menina não escreveu, pois esquecera tudo o que aprendera na
Escola.
6 – Anos mais tarde, a mãe foi visitar as filhas e não estranhou ao ver
Fabiana com os filhos limpos e assoados e os cães com as vacinas tomadas.
6 – Quanto a Menina esperava-a uma grande surpresa: as pombas
esvoaçavam no quintal, os tapetes estavam cheios de lama, os criados insultaram
a mãe à entrada, a Menina bocejou com estrondo, as pombas levantaram voo e
Menina, com os cabelos metidos numa touca por já não conseguir penteá-los, de
tão porcos que estavam, sorriu e disse:
_Mãe, venha de pedrinha em pedrinha para não cair na merdinha…
Os alunos desenharam os casamentos, escreveram cartas hipotéticas à
mãe, escritas por Fabiana, na esperança de um pouco de atenção, no final,
quando já tivera tempo para aprender com os seus erros às quais a mãe
respondia, acrescentando que ia mudar de ares e dançar no Carnaval do Brasil;
E todos defenderam Fabiana com unhas e dentes…Menina era mesmo um caso
perdido, afinal de pequenino se torce o pepino…
E digam lá que eles são parvos….
Participaram neste trabalho em leitura, interpretação, reconto,
ilustração, caracterização de personagens os alunos dos 5º G, Ana Bárbara,
Carlos, Daniel, Diogo Carvalho, Diogo Lourenço, Diogo Fraga, Duarte, Emanuel,
Flávio, Gonçalo, Graça, Hilário, Joana Pereira, João Carlos, Maria de Fátima,
Marisa, Pedro, Rita, Ruben e do 5º H os alunos, Isabel, Adriano, Beatriz,
Daniel Gomes dos Santos, Daniel Filipe Gomes, Daniela, Joel, Maria João,
Mariana, Miguel Peixoto, Pedro Miguel, Rafael, Sara, Vanessa, Neuza.
A professora:
Isabel Lacerda Cabral.
Já conheceram alguma mãe assim?
o marido de Agustina não abandonou a carreira! Além de outros disparates que o texto tem. Mais rigor por favor.
ResponderEliminar