quinta-feira, 31 de maio de 2012

As Aulas de campo da Escola Básica 2, 3, Monsenhor Jerónimo do Amaral


As Aulas de campo da Escola Básica 2, 3, Monsenhor Jerónimo do Amaral

    No início da Primavera, bem no fim do 2º período, quando o calor e a esperança do início das férias da Páscoa se fez chegar ao 5ºG, uma professora de Ciências, Dr. Teresina Bezerra, convidou a turma a deixar a sala de aula e a caminhar ao ar livre para uma aula de campo, onde a observação da Natureza e do pequeno rio Tourinhas, um tanto oprimido pela poluição, foram o objeto de aprendizagem, racionalizado pelos alunos, no preenchimento de um questionário final.

     Contudo, chegados à aula de Português, um brilho nos olhos dos alunos, uma grande bola encontrada num riacho, trazida, como uma relíquia, na qual combinaram pintar o Mundo, um aluno todo encharcado, numa turma já de si aberta ao entusiasmo permanente de novas descobertas, trouxeram à aula que lhe sucedeu na sequência do Horário, a ideia do início de um filme de aventuras.

     Aqui deixamos, algum tempo depois, quando o calor parece de novo interessado em trazer-nos o Verão, um recorte dos textos dos alunos, que provam que todos iguais, todos diferentes.

     Nenhum viu o mesmo que o outro, nem sentiu o que o outro valorizou. Como numa orquestra, todos comunicaram de forma diferente, havendo mesmo os que se inspiram mais poeticamente e escreveram poemas.

    Esta aula decorreu no dia 20 de Março de 2012. Depois do que lemos, temos vontade de propor a todos os professores mais aulas destas, uma vez que se aprende mai , quando se experiencia e observa de perto o objeto do conhecimento.

    Talvez a luz possa de outra forma, com todas as suas sensações e sinestesias, aumentar o conhecimento, testemunhado pela própria Natureza.





              O ribeiro do Tourinhas

Vai-nos espantar!

Quando de lá sairmos

Vamos ter muito que contar….(Diogo Fraga).



«Fomos investigar. E encontramos uma casa velha, uma ponte romana, cinzas. E também havia lixo. Quando já estávamos para vir embora, uma colega nossa encontrou uma bola de plástico gigante. Mas, logo depois caiu na ribeira. Depois, quando vínhamos embora, encontrámos o Padre Portelinha, que nos contou que foi ele a fundar, com outros professores, a nossa Escola e a propor o nome do patrono, Jerónimo Amaral» (Diogo Fraga).

O rio Tourinhas

É muito curioso.

Precisamos de mineiros

Com um olhar curioso.



Os binóculos e as galochas

Que tivemos que usar,

Serviram de tochas

Para nos guiar.



Na ribeira do Tourinhas

Há muita vegetação

Minhocas e aranhas

E até um sardão.



Quero aqui deixar

Um grito de aflição

Para todos alertar

- Acabem com a poluição.



O pássaro que eu vi

Era azul e verde!

Estava a fazer um ninho

Ao longo da parede….



    «Nós demorámos cerca de 15 minutos a chegar a Torneiros. Quando lá chegámos, ficámos admirados com aquela frescura e beleza. Só que havia um problema: a ribeira estava cheia de lixo doméstico.

    Depois, tirámos fotos às plantas, à ribeira e até a uma cegonha que vimos voar. Este trabalho permitiu à Professora avaliar o nosso empenho ao observarmos a Natureza» (Joana Pereira).



    «Depois de preenchermos um questionário, fomos observar o ribeiro de Torneiros. Nas margens havia baldes velhos, latas e muitas árvores e ervas.

    Nós levantámos pedras e encontrámos lacraus, bichos-de-conta, minhocas…

    Fomos procurar o Pedro e viemo-nos embora». (Flávio Rei).



A ribeira

Até é bonitinha!

É pena haver lixo

Como ela lá tinha. (Graça Matos).

    «Saímos da Escola às 8 e 15. Passámos pelo parque e pelas ruas. Fiquei pasmada com o que lá vi. Encontrámos ovos, fogueiras, pneus; saltámos uma rede. Quando chegámos à Escola começámos a fazer um trabalho» (Graça Matos).



No meio do rio pode

Haver poluição.

Mas a culpa disso

É da população!

(Diogo Carvalho).



     «Medimos a largura do rio e das profundidades. Houve um momento em que vimos uma cegonha. Mas, infelizmente não conseguimos fotografá-la. (Diogo Carvalho).

    «Lá estavam três ferros, que estavam a fazer de ponte e vimos uma raiz que parecia uma caverna. Nós, o Flávio, o Carlos, o João, o Gonçalo, o Ruben, o Daniel, o Diogo fomos jogar uma bola. Quando viemos embora. viemos para a aula de Português. Eu gostei muito desta viagem.» (Emanuel Martins).

A ribeira estava

Muito poluída!

É preciso tratar dela

Para que fique reluzida.

(Rita Brás).

    «Quando lá chegámos começámos logo a investigar. Alguns dos nossos colegas entraram na ribeira. Medimo-la, retirámos bichos e encontrámos uma bola muito grande. A ribeira estava muito poluída. Depois, fomos para junto da professora de Ciências. Após tudo isto, acabámos a nossa visita de estudo. Regressámos contentes e fomos para a aula de Português. Gostei muito da nossa visita». (Rita Brás)

Olha a ribeira

Que linda que ela é!

É que foi nela

Que enterrei o pé.



A ribeira

Até tem piadinha!

É pena ter lixo

E ser tão bonitinha. (Marisa)

    «Estivemos a tirar fotografias. Depois fomos para o outro lado. O meu colega João tirou uma fotografia a uma cegonha. Depois, eu tirei uma fotografia ao rio. Depois, o Pedro encontrou uma bola de plástico ,que deu para trazer para terra. Eu e a Joana viemos com a bola. E fomos para a aula de Português. Gostei muito da nossa visita» (Marisa Florindo).

    «A nossa professora mandou-nos preencher o questionário da zona onde estávamos. Quando vínhamos, o Pedro ficou todo encharcado. Tinha caído na ribeira. E, quando viemos embora, cantámos até chegarmos à Escola…» (Gonçalo Almeida).

     Participaram nesta aula de campo os alunos: Ana Bárbara; Carlos filipe; Daniel Teixeira, Diogo Carvalho; Diogo Lourenço; Diogo Fraga; Duarte Mesquita, Emanuel Martins; Flávio Rei, Gonçalo Almeida; Graça Matos; Hilário Duarte; Joana Pereira, João Carlos, Maria de Fátima; Marisa Florindo; Pedro Florindo; Rita Brás¸ Ruben Fernandes.

 Professora de Ciências da Natureza, Teresina Bezerra.

 Professora de Português, Isabel Lacerda Cabral-Trabalho interdisciplinar dedicado aos encarregados de educação.

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